D'APRÈS Um Vicente, algures entre LISBOA - LONDRES - XANGAI - BRUXELAS

segunda-feira, maio 7

Xangai - a sequela







sábado, junho 24

Moscovo

Praça Vermelha
Mercado de Izmaylovo

São Petersburgo


Peterhof - Palácio de Verão


Igreja em Sangue Derramado


Museu Hermitage

quinta-feira, abril 13

Bucaresti II - os senhores Nicolae e Ião

Olá viva,

O maior edifício da cidade de Bucareste, e segundo parece o maior edifício do Mundo em termos de volume (em termos de superfície é o Pentágono) é das coisas mais sem sentido que um ditador em qualquer parte do planeta alguma vez mandou fazer! O Palatul Parlamentului, aka Casa Poporului, foi mandado construir pelo Nicolae Ceausescu entre 1984 e 1989 (super-rápido!) para receber todos os órgãos políticos do Estado comunista e celebrar o "Homem Novo". Hoje em dia acolhe o Parlamento romeno, um museu de Arte Contemporânea, mas a maior parte do edifício está vazio e sem qualquer uso. Está localizado no topo de uma colina, um pouco fora do centro e tem um ar meio sinistro e sombrio. Consta que tem muitos andares abaixo do solo de forma que se houvesse guerra nuclear a Nomenklatura tivesse onde viver, e os materiais e decoração no interior são do mais luxuoso possível. Como é normal em megalomanias do género, muita gente morreu na construção e muito mais deve ter morrido de pobreza no país...

A História da Roménia no pós 2ª Guerra é relativamente simples: domínio progressivo do comunismo e da União Soviética sobre o país. O apoio dos romenos ao Hitler durante a Guerra também não ajudou com os russos no lado oposto da barricada, e a segunda metade do séc. XX pode-se chamar um desastre em termos políticos e sociais (escaparam algumas figuras eminentes, pelo menos no desporto).

O Ceausescu só chegou ao poder em 1965, ao contrário de outros ditadores comunistas como o Hoxha ou o Tito que foram líderes comunistas e heróis durante a 2ª Guerra na luta contra os nazis e "reinaram" até à sua morte natural. O Nicolae era um miúdo diferente: já veio do aparelho do partido, cheio de sonhos de grandeza e mania de os expressar em termos urbanísticos e arquitectónicos. Ele considerava Bucareste uma cidade insignificante mas quis mudar isso e torná-la um símbolo das vitórias proletárias e da sua ambição. Como tinha um mau gosto gritante, as zonas da cidade que vêm desse tempo são uma tristeza (apesar das avenidas largas e espaços amplos, são os edifícios que dão verdadeiramente o "tom" sombrio) e vá lá que muita coisa do período antes de 1945 não foi abaixo. Consta também que costumava ir todos os dias visitar obras, em particular as do Palatul, e que quando não gostava de alguma coisa mandava destruir secções inteiras dos edifícios - era inginheiro, carago.... Eu não cheguei a ir aos subúrbios desta cidade de cerca de 2 milhões de pessoas, mas dizem que são dos piores exemplos do ex-bloco de Leste. Uma invenção surrealista deste tempo foi a de um engenheiro romeno que patenteou um método de deslocar edifícios inteiros sem os demolir (?) - autenticamente o método consistia em colocar edifícios "sobre rodas" e fazê-los deslocar. Segundo se descreve, os habitantes dos edifícios nem tinham que sair de casa, iam à boleia :)


A vida do senhor Nicolae chegou ao fim no dia de Natal de 1989, quando alguém o apanhou e lhe fez a barba. Tudo começou uns dias antes na hoje chamada Plata Revolutiei (Praça da Revolução) quando uma multidão de gente que era suposto reunir-se para o aclamar acabou a pedir o fim do regime. Claro que levaram com os tiros do costume, muitos morreram mas a cidade ficou em estado de sítio e na maioria estudantes acabaram por montar barricadas numa das praças principais de Bucareste (e das mais giras, digo eu) a Piata Universitatii. Mais uns tiros, mais estudantes kaput (nas contas finais mais de mil mortos) e dois factos aconteceram: um outro militar comunista, Ion Illiescu de seu nome, tomou o Governo mas o exército aliou-se aos estudantes e o Ceausescu foi forçado a fugir (de helicóptero do edifício do Governo!). A estória da sua morte é a de que foi apanhado no dia de Natal e fuzilado não se sabe bem por quem.

O que veio a seguir também não foi muito melhor. O Illiescu, uma vez com o rabo sentado na cadeira, já de lá não quis sair apesar de ter garantido que fazia parte de um Governo transitório e ia haver eleições. Quando decidiu ele próprio candidatar-se em Março de 1990 mais uma revolta estudantil aconteceu (isto faz lembrar Tianamen...), mais uma vez os estudantes da Universidade de Bucareste se barricaram na Piata Universiatii desta vez durante 6 semanas a exigir a saída do Illiescu. Este Ião não esteve com modas e organizou a chamada "Mineriada": mandou chamar os mineiros (fiéis à revolução comunista) para dar cabo das manifestações e estes acabaram por matar mais de 100 estudantes, com o Illiescu a vir depois elogiar na TV essa classe ainda fiel à revolução! E não saiu do poder até 2004 (terá saído com a desilusão de não ter visto Portugal campeão da Europa?), o que também ajuda a explicar o atraso actual da Roménia em relação a outros países do ex-bloco de leste. Portanto, apesar das mudanças que ocorreram no país nos anos 90 com a introdução da economia de mercado, o investimento directo estrangeiro, a abertura ao ocidente e as negociações para entrar na UE (o que deverá acontcer em Janeiro próximo ou o mais tardar em 2008), o poder esteve até há 3 anos nas mãos de um grandíssimo sacana pelo que não se esperam milagres.


O país tem hoje em dia contrastes gritantes entre as áreas rurais, onde muita gente ainda anda de burrico (o mesmo que em Portugal em 86), e Bucareste onde já se vê muita riqueza material, multinacionais implantadas, bem estar, vida cultural intensa, etc... Ou seja há muito que fazer e vamos ver se a UE ainda vai ter condições de lhes dar uma ajuda valente como deu a Portugal e Espanha desde há 20 anos.

De qualquer forma, para aí desde os anos 30 do séc XX que as perspectivas de futuro não eram tão boas para estes lados!

segunda-feira, março 20

Bucaresti I - os senhores Vlad, Mihai e George

Caríssimos amigos,

As minhas incursões pelo leste da Europa continuam! Começaram no já distante verão de 1996 na Eslovénia (lembram-se JES, MS, SM?) e já duram há cerca de 10 anos (juro que não tinha nenhum plano, a verdade é que as oportunidades foram aparecendo). Seguiram-se a Croácia, Hungria, Sérvia e Albânia. Não visitei ainda Hungria ou Eslovénia depois de terem entrado na UE, pelo que uma das memórias comuns que guardo de todos é a do estado de espírito que se sentia por lá: o de um tempo de transição entre um período da História e outro, e um misto de excitação e dúvidas pelo novo. Para os mais jovens novas oportunidades de vida e profissionais, poderem viajar e conhecer pessoal na Europa Ocidental desenvolvida/capitalista; para os de mais idade o receio de que o futuro não traga nada muito melhor e que não se adaptem, mas com esperança de que tudo seja melhor para as novas gerações. Mas um tempo de mudança, e como tal vibrante.

E sempre gostei da cultura, das pessoas que fui conhecendo muitas da minha idade/geração, a estudar e\ou trabalhar na mesma área que eu e alguns amigos foram ficando. Talvez vos pareça uma heresia, mas sempre achei que nós os portugas e a malta destes países do sudeste europeu temos várias parecenças: uma mistura de alegria, afabilidade e uma certa manha (às vezes em excesso...), mas também alguma melancolia. Na minha cabeça o estereótipo dos povos frios de leste por oposição aos povos calorosos do sul da Europa é falso ou tem mais a ver com os países bálticos, os russos ou os escandinavos do que com balcânicos - basta ter ido a um casamento ou uma festa para aquelas bandas. Deve ser porque há neles também muita influência da cultura mediterrânica, embora combinado com outras influências, claro. Mas nisto do leste há quase tanta diversidade entre estónios e albaneses como entre suecos e espanhóis! E tambem já me disseram para acabar com a treta do "leste": segundo um colega checo tanto o seu país como a Hungria são paises do Centro da Europa, e que o leste é a Ucrânia ou a Rússia. E tem razão, geográfica e objectivamente falando, mas a conotação das palavras demora tempo a mudar...

Desta vez vim parar à um pouco longínqua Roménia. Mesmo a partir de Bruxelas são cerca de 3 horas de viagem até Bucareste, portanto mais ou menos o mesmo que de Bruxelas para Lisboa. A primeira imagem que tive, a partir da janela do avião da TAROM, foi a de uma planície bastante extensa (até perder de vista) de terra agrícola. Era um domingo no final de fevereiro, e até à semana anterior tinha estado tudo coberto de neve branquinha (idêntico às fotografias do FCA de Janeiro no berra-boi) - o inverno por estas bandas continentais não é como em Brussels city, é bem mais agreste. A minha vinda coincidiu com o degelo, e entre o branco da neve e o verde da erva na primavera cabe um período intermédio de amarelo empalhado - tudo seco de uma forma que parece o sul da Europa no verão. Desde os arredores da capital até aos parques no centro quase só natureza morta, lagos na fase do degelo, mas as ruas cheias de pessoas a desfrutar um dia luminoso, de céu azul e promessa de primavera no ar.



Tem sempre piada chegar a uma cidade que não se conhece e ir deambulando e colhendo as primeiras impressões. Uma das ideias pré-concebidas que tinha dos romenos (a mesma que tinha dos albaneses, vá-se lá saber porquê...) era de serem maioritariamente de pele escura, meio ciganos e sempre com uma esponja e detergente na mão... Ouve-se muitas vezes falar da etnia cigana como populacao Roma, e pensava eu que Romania seria a terra dos Roma. Grande erro, na verdade 90% dos 22 milhões de habitantes do país são romenos, 7% húngaros e apenas os restantes 3% são Roma ou de outras etnias/nacionalidades. Isto para dizer que a maioria das pessoas são de pele bem mais branca que eu próprio, de ar eslavo (loiros e olhos azuis) - eu diria mesmo que o saudoso Laszlo "Je suis très content" Böloni ou o Timofte são típicos representantes da maioria dos romenos, tal como a Nadia "10" Comanesci.

O que nos une realmente a esta malta é a língua, de raiz latina e segundo dizem mais próxima do latim original que português, italiano, francês ou espanhol. É incomum para estes lados da Europa andar na rua e entender uma parte do que se lê nos cartazes, nas placas das ruas ou nas lojas - deste ponto de vista estar na Hungria ou na Albânia é quase o mesmo que na China! Passar por qualquer loja de roupa e ver escrito "Casa de Moda" têm que convir que é no minimo refrescante, embora boa parte do resto me passe ao lado! E isto é algo que os distingue de facto dos países em redor e que constitui um factor de identidade nacional forte.

Esta ligação ao Mundo Latino vem do início do séc. II d.c. quando os Romanos conquistaram o território dos Dácios, e passaram a chamar a nova província de "Dacia Felix". Segundo reza a História a abundância de ouro na Dácia era tão grande que o Imperador Trajano deixou de cobrar impostos aos habitantes de Roma durante uns anos.

Até ao séc. XV não há grandes factos dignos de nota, mas nessa altura surgiu uma das figuras nacionais romenas - o rei Vlad Dracul, o Impalador. Como devem imaginar o tipo era um duro como já não se fazem hoje em dia, saído das catacumbas da Idade Média na Europa Central. Tinha por hábito e tradição de família impalar e deixar nas ruas tipos porreiros como os invasores eslavos, visigodos e orientais. Mas parece que o que lhe dava mesmo gosto era impalar turcos - o tipo foi um pilar na resistência contra as invasões otomanas àquela parte da Europa no tempo do Mehmet II, que chefiava um dos maiores exércitos do Mundo na altura.
A propósito do amigo Vlad, perguntei outro dia a um bacano romeno como é que um irlandês de Dublin chamado Bram Stoker se interessou por fantasiar acerca de um personagem romeno medieval - teria vivido na Transilvânia (nome ainda hoje de uma província no centro do país, que inclui as montanhas dos Cárpatos), ou seria de ascendência romena?? Segundo me disse o rapaz, parece que o Bram teve simplesmente acesso a um livro de histórias tradicionais romenas num alfarrabista de Dublin, cujas páginas estavam cheias de desenhos a retratar os conflitos sangrentos e a barbaridade do rei Vlad. Parece que ficou fascinado, nunca sequer pôs os pés na Roménia e o resto é história da literatura, cinema, psicanálise e por aí fora.

Do séc. XV ao séc. XVIII as batalhas com os turcos foram uma constante. O Império Otomano nunca chegou a anexar formalmente a região que hoje constitui a Roménia (na altura Bucareste era a capital da província da Wallachia), mas isto foi conseguido em troca de pagamento de impostos pesados e uma submissão não formal ao sultão. Como devem imaginar a influência da Turquia por estes lados é bem mais sentida a nível cultural e político que para os nossos lados, pelo que a adesão da Turquia à UE é vista com outros olhos.

A partir do séc. XIX e até à 1ª Guerra Mundial a Wallachia e Moldávia (parte sul e leste da Roménia actual, que se uniram em 1859 para formar pela primeira vez a Roménia) constituiram um território que se tornou conhecido pelos acordos de paz entre as potências regionais e cresceu em influência diplomática. Vem deste tempo a criação das primeiras universidades (só no séc. XIX!!), muito influenciadas pelo modelo francês - as elites estudavam nas universidades de Paris, beberam das ideias da altura (tal como no nosso caso, veja-se o Eça...) e trouxeram-nas para Bucareste. Ainda hoje isso é visível na arquitectura do centro da cidade, é surpreendente a quantidade de edifícios estilo parisienne que se encontram, embora também estilo austro-húngaro!

A maior figura da cultura Romena, nascido na região da Moldávia, também é deste tempo: o poeta Mihai Eminescu já ouviram falar? É o poeta nacional, do período do Romantismo e símbolo do espírito romeno. Estudou numa cidade na altura do Império Austro-Húngaro, esteve na universidade em Viena e também em Berlim, e li que quando começou a publicar poemas mudou o seu nome original de Eminovici para Eminescu, para soar mais romeno... Marketing! Mas compreende-se porque foi um tempo em que a identidade da Roménia se estava a gerar, era preciso distinguirem-se dos eslavos, e para isso acentuaram a faceta latina na cultura. Mas sou da opinião que é difícil hoje em dia surgirem figuras tão multifacetadas como este tipo: poeta, escritor de prosa, tradutor, jornalista, director da biblioteca nacional, político e filósofo; interessado em lógica, história das religiões, sânscrito (!), Direito e super influenciado pelo Kant e Schopenhauer. Tão a ver o estilo... Tal como os nossos intelectuais da geração de 70 também ajudou a formar um grupo literário chamado "Sociedade Junimea" cujo motto era "Entra quem quer, permanece quem pode" e se destinava a promover a excelência na cultura e sociedade romenas. Morreu louco em 1889 num sanatório. Estou convencido que deve ter sido por ler demasiado Shopenhauer ;)

Quando chegou a 1ª Guerra, os tipos tiveram a sábia decisão de lutar contra os alemães, e quando se está do lado dos vencedores as coisas correm sempre melhor no pós-guerra. Com a desintegração do Império da Sissi e do FJ o território romeno foi alargado e passou a incluir a actual parte central, montanhosa e mítica do país, a Transilvânia. Bom para eles, provavelmente a partir do próximo ano vai-se assim tornar um dos maiores países da UE, só atrás dos chamados "grandes" (Alemanha, Itália, França, Reino Unido, Espanha e Polónia). A ampliação do país foi como que o regresso da antiga Dácia e o período de 1919 à 2ª Guerra foi o melhor período da sua História. Bucareste passou a ser conhecida por "Little Paris" (era moda na altura esta comparação com Paris, Xangai foi o mesmo a "Paris do Oriente"...) porque era a cidade da moda, bom gosto e da "belle vie". Eu não conhecia esta faceta porque sempre ouvi dizer que Bucareste era uma cidade muito feiota, estilo soviético puro e duro e bastante degradada depois do fim da ditadura comunista. Depois de 3 dias por lá não é essa a minha opinião. A cidade está de facto degradada, precisa de fundos estruturais europeus como de pão para a boca, but has more to it than you perceive at first sight.


Outra figura bastante famosa do período entre as duas Guerras foi o George Enescu: mais um que admito que não conhecia mas o CV é impressionante: compositor, pianista, violinista... Um dos edifícios mais belos da cidade, o Ateneu Romeno inaugurado nos anos de 1880 e projecto de um arquitecto francês, acolhe hoje em dia a filarmónica George Enescu.



Bom, e deixo este primeiro post sobre Bucareste por aqui com mais algumas fotos de Bucareste. Em próximos posts um bocadinho mais sobre o comunismo à romena, religião e quejandos!


A bien tôt!

domingo, fevereiro 5

Madeira - nas alturas


(1810 mt, não é o ponto mais alto da Madeira mas quase. É uma sensação curiosa estar acima das nuvens, parece algodão! No dia em que lá fui ainda havia neve no cimo. )

(E aqui está o superpoderoso senhor das névoas, o responsável por esta brincadeira!)


(Acesso a uma zona de planalto no centro-oeste da ilha. Se dissesse que era nas Highlands of Scotland acho que vocês acreditavam...só que em vez de whisky e pubs castiços há poncha da Madeira e Jungle Rain!)

(Ali em baixo no vale localiza-se o Curral das Freiras. O nome vem-lhe das freiras que fugiram do Funchal durante as invasões francesas e se refugiaram no meio da ilha. Até 1986 ninguém ali tinha TV e só com a construção de um túnel durante os anos 90 é que o local ficou mais acessível. O principal produto da terra é a castanha, que se usa para fazer um bolo típico e um licor que valha a verdade é uma bela zurrapa. Depois o que há mais é munhecos para começar na palhaçada)


terça-feira, janeiro 31

Madeira - abraço ao Paulo e Raquel!

sábado, janeiro 28

Porto Santo

(Saída do porto do Funchal de manhã, no Lobo Marinho)

(Praia de Vila Baleira, capital da ilha. Estende-se por 9 km a longo de toda a costa sul. É a única praia de areia do arquipélago, totalmente vazia nesta época do ano)


(Leste da ilha, numa das zonas de maior altitude. No verão a cor dominante é o castanho ou cor de erva seca, agora está tudo verdinho. Eu e a Lu demos a volta à ilha de bicla, bué de fixe!)



(Antes do regresso ao Funchal, praia ao pôr do sol)

A Vila Baleira é pequeníssima, a coisa mais interessante que tem é a casa do Cristóvão Colombo. O CC viveu por ali uns anos a aprender navegação com os portugas antes de rumar às Américas. Casou ali também com a filha do Governador da ilha, o Bartolomeu Perestrelo. Eu cá não fazia ideia! Na sua antiga casa figura agora uma exposição bem organizada sobre o papel da ilha nas navegações no Atlântico, não só dos portugueses mas também dos castelhanos. Esta última perspectiva é nova para mim e mostra o que foi acontecendo durante o domínio dos Filipes, com a consolidação do controlo das rotas marítimas que vinham da Ásia (principalmente das Filipinas) e da América latina. Os fortes no arquipélago são obra de nuestros hermanos!

Na parte oeste da ilha há um campo de golfe, bem como a maior parte dos hotéis e casas de férias. Se quiserem saber mais sobre como arranjar uma casita, dêem uma espreitadela na net. Há voos directos de Bruxelas para o Porto Santo, e já conheci pessoal italiano daqui que comprou casa de férias lá recentemente e que dizem que se sentem no paraíso. Os madeirenses sabem-se promover!