D'APRÈS Um Vicente, algures entre LISBOA - LONDRES - XANGAI - BRUXELAS

sexta-feira, setembro 23

Luxemburgo

...e puz-me a caminho e só parei no fim da linha, no país mais rico do Mundo. Não o mais desenvolvido, essa Arábia gelada... Mas o mais endinheirado, orgulhosamente.

3 horas de caminho, entre os carris e os montes e os abetos e os pastos verdinhos,

(as donas frísias a olhar, bovinamente).

...Namur, Arlon, Luxemburgo, a noite a cair.


Filme noir, tempos passados.

Cisões fraternas, feridas mal cicatrizadas. Estalinegrado, napolitanos, o dia a nascer.

Metalurgias, hinterland!!

400 mil pessoas, 75 mil portuguesas. Apanho um táxi na estação, motorista bigodudo, pele morena. Português, certamente. Há 35 anos no burgo, reforma-se daqui a 4 e só pensa em voltar para "casa", que é onde se está como se quer. Veio a salto.

Há quem goste e há quem não goste. Harmonia ou dullness? Spleen, definitivamente!

Au revoir/Auf wiedersehen

7 Comments:

Blogger Cláudia [ACV] said...

Excelente post-al, a sério. Excelente.

9:45 da tarde

 
Blogger Um Vicente said...

Hoje não consego escrever de outra maneira...Quem quiser que leia que veja o que quiser, porra! O e e cummings era um ganda maluco!

10:00 da tarde

 
Blogger Cláudia [ACV] said...

Diz que sim, que esse senhor era um bocado esgarouviado (apesar de careca)!

1:27 da manhã

 
Blogger Pedro Bingre do Amaral said...

Valha-nos Deus, que agora te tornaste um modernaço sem síntaxe! Isso é o suicídio literário - além de já estar demasiado visto!

9:12 da tarde

 
Blogger Um Vicente said...

Mas tu escreves sempre da mesma maneira, Pedro? Não varias também o estilo de vez em quando de acordo com o estado de espírito?

A mim, sinceramente, o Luxemburgo não me estimula para a síntaxe! Seria um crime literário utilizá-la em tal tema!

Pergunta: de onde é que tem veio o "Valha-nos deus" e o "modernaço"? Pareces uma velhota a falar :)

10:01 da tarde

 
Blogger Pedro Bingre do Amaral said...

Depois de ter lido a tua réplica ao meu comentário anterior, fiquei com a ideia de que cometi dois equívocos. O primeiro foi entender a anterior posta poética era *mesmo* uma paródia ao E.E. Cummings (por birra restituo-lho as maiúsculas). O segundo foi pensar que uma paródia minha a essa paródia não ofenderia.
Afinal nem o teu poema era uma paródia, nem o meu comentário foi entendido como uma paródia. Lamento se inadvertidamente fui desagradável.
Devíamos seguir as propostas de Leibniz: escrever em notação matemática para evitar mal-entendidos.

12:29 da manhã

 
Blogger Um Vicente said...

Estimado PB,

Notação matemática não, por favor, o Leibniz que me perdoe! Senão ainda começamos a dizer que vivemos no melhor dos Mundos possível, e lendo o Cândido já sabemos como é que a estória acaba: a cavar no jardim!

Por coincidência venho hoje outra vez do sensaborão Luxemburgo e de mais uma daquelas formações de dar bocejo. Hoje percebi que o espírito dos Modern Talking continua bem vivo por lá: nos 2 autocarros que apanhei os motoristas ainda usam aquele estilo de penteado inqualificável. Face a isto só me lembrei mais uma vez do ee Cuminhos (deixa lá o homem usar os e's pequenos, se foi essa a opção de vida que tomou) e dos seus "versos" desarranjados numa página de livro de poesia modernaça.
É óbvio que o post era uma paródia ao dito cujo (e a outros autores do género) e um relato das minhas impressões da viagem ao Lux. E também é óbvio que não é uma tentativa literária de se levar a sério, nem é esse o objectivo do blog. Foi mais um espreguiço escrito que me soube bem.

Na minha resposta talvez não tenha sido do mais simpático possível, quis picar um bocadinho o teu fundamentalismo sintático (que é parte paródia mas tem muito de genuíno, ou não?) e devo ter exagerado na dose a julgar pela seriedade da tua resposta.

Mas deixemo-nos de tretas e vamos mas é voltar à paródia!

Um abraço

NV

PS: Tenho andado a ler um livro chamado "Sunday Philosophy Club", quando acabar envio-to que deves achar piada. Muitas referências ao Auden, aos méritos da filosofia utilitarista anglo-saxónica, aos deméritos do Kant, e pelo meio uma intriga policial em Edimburgo investigada por uma senhora de 40 anos, cuja actividade principal é a review de artigos a publicar no Journal of Applied Ethics. Do mesmo autor tens que ler também as aventuras do filólogo alemão von Igelfeld, que publicou essa obra magna da academia de letras germânica chamada "Portuguese Irreguar Verbs".

10:35 da tarde

 

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